domingo, 15 de janeiro de 2012

Em crise com PT, PSB busca outros partidos

O PSB planeja ter candidato próprio a prefeito em 12 capitais, e Fortaleza talvez seja uma delas. O partido do governador Cid Gomes poderá se aliar a um nome do PMDB para tentar enfrentar o PT de Luizianne Lins. A informação é da Folha de S. Paulo.
A correr tudo como o previsto, a prefeita e presidente estadual do PT deverá apresentar como candidato o seu articulador político, Waldemir Catanho. Cid Gomes, presidente estadual do PSB, já avisou que, apesar da aliança, o nome petista deverá passar pelo crivo dos demais partidos da coligação.
A relação entre socialistas e petistas se deteriora em meio ao tiroteio contra o ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional), que depôs ontem no Congresso sobre as acusações de nepotismo e favorecimento a Pernambuco na liberação de recursos federais.
O governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, tem dito a aliados estar certo da participação do PT no bombardeio ao afilhado. Cotado para disputar a Presidência em 2014, Campos articula a montagem de chapas com o PSDB, principal partido de oposição a Dilma, em diversas capitais do país.
PARCERIA COM TUCANOS
Em Belo Horizonte, por exemplo, o prefeito Márcio Lacerda (PSB) se afastou dos petistas e já garantiu apoio tucano para disputar a reeleição. O PT local, que indicou seu vice há quatro anos, agora resiste em repetir a chapa e o acusa de privilegiar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), amigo de Campos.
Outro exemplo do distanciamento ocorre em Natal. Em 2008, os dois partidos se uniram para lançar a petista Fátima Bezerra a prefeita. Este ano, Vilma Faria (PSB) concorrerá sem apoio do PT. “O PT é um aliado histórico, mas não precisamos da autorização de ninguém para fechar alianças com quem quer que seja”, afirma Carlos Siqueira, da executiva nacional do PSB.
Petistas e socialistas devem se enfrentar em pelo menos outras sete capitais. Apenas em Salvador o apoio do PSB a Nelson Pellegrino (PT) é dado como certo.
Em Curitiba, Luciano Ducci (PSB) disputará a reeleição com apoio dos tucanos e em oposição ao PT. Em São Paulo, os socialistas integram o governo Geraldo Alckmin (PSDB) e planejam apoiar um aliado dele na capital.
FOGO AMIGO
Além da crise na Integração Nacional, dirigentes socialistas apontam mais dois motivos para o distanciamento: a suposta preferência da presidente Dilma Rousseff pelo PMDB e o ensaio de “voo solo’’ de Campos em 2014. “Nossa intenção sempre foi crescer, e o Eduardo é um nome que há muito tempo o partido trabalha”, afirma Carlos Siqueira.
Na terça-feira, em reunião com a cúpula de outra sigla governista, o governador disse estar certo da ação de petistas nos bastidores para desestabilizar Bezerra, seu principal aliado na Esplanada.
Ele ligou o “fogo amigo” à disputa pelo Ministério da Ciência e Tecnologia após a mudança de Aloizio Mercadante (PT) para a Educação. O PSB tenta retomar a pasta, que comandava no governo Lula, mas os petistas querem indicar o novo ministro.
Do Blog: E porque a deputada Fátima Bezerra (PT/RN) faz duras críticas a aliança do PMDB com o DEM aqui no RN? Por acaso o PSDB, ao qual o PSB tem casamentos, em várias cidades e capitais do Brasil é um partido aliado ao PT a nível nacional?

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