quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

PMDB sela acordo anti-PT em 10 cidades na BA


Progrediu, e muito, a articulação para que PMDB, DEM e PSDB cheguem à eleição de outubro como uma brigada anti-PT na Bahia. O acerto foi pavimentado nas dez maiores cidades baianas. E encontra-se em bom estágio na capital, Salvador.
Comandam a infantaria oposicionista o PMDB de Geddel Vieira Lima, vice-presidente da Caixa, e o DEM do deputado ACM Neto. A dupla Estreita a inimizade movida pelo propósito comum de enfrentar o PT do governador Jaques Wagner.
Participam também do acerto o PSDB, legendas de porte médio como o PR e agremiações miúdas como o PTN. Nos municípios em que houve acerto, vão à cabeça de chapa os candidatos mais bem postos nas pesquisas, independentemente da legenda.
A lista de cidades inclui algumas jóias municipais da coroa baiana. Entre elas Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus e Alagoinhas. Estima-se para março o desfecho do entendimento de Salvador. A coisa esbarrou em 2014.
Tomado pelas pesquisas, ACM Neto seria o nome mais bem posto do grupo para disputar a prefeitura da capital. Ele prefere, porém, resguardar-se para a futura briga pela poltrona de governador do Estado. O diabo é que Geddel ambiciona a mesma cadeira.
Tenta-se costurar o seguinte entendimento: o DEM retira-se de 2012 e apóia o candidato do PMDB à prefeitura de Salvador: Mário Kertész. Em 2014, encabeçaria a chapa quem exibisse o melhor índice de pesquisa: ACM Neto ou Geddel.
Em política, acordos com prazo de validade de 2 anos são convites à traição. Mas essa é outra história. No momento, ‘demos’ e pemedebês concentram-se na equipagem de um paiol capaz de responder à artilharia do PT na Bahia.
Há, de resto, um complicador adicional. O tucano Antonio Imbassahy também cultiva o projeto de retornar à prefeitura de Salvador. Está em segundo nas pesquisas. Porém, o mais provável é que se renda ao entendimento que o exclui.
Por quê? Unido apenas ao DEM, o PSDB não iria longe. Sozinho, não chegaria a lugar nenhum. Afora os entraves políticos, Imbassahy arrosta uma dificuldade monetária. É baixa, baixíssima sua capacidade de atrair doadores para uma cruzada solitária.
Enquanto a oposição tenta se ajeitar em cena, o PT já levou ao palco seu candidato a prefeito de Salvador. Será o deputado federal Nelson Pelegrino. Escora-se no apoio de Wagner e na perspectiva do suporte de Dilma Rousseff e Lula.

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