quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Editorial

Sinal Fechado e sequenciado


A Operação Sinal Fechado parece ser sequenciada. Envolve empresários, políticos e agora se fala até em magistrados. Três desembargadores, um deputado estadual, cheques altos datados de 2007, 2008 e 2009, foram encontrados nos cofres da Construtora Montana de Gilmar Olímpio, cabeça do esquema fraudulento montado no Detran/RN, nos governos Wilma de Faria (PSB) e Iberê Ferreira de Souza (PSB), segundo o Ministério Público, além de muitas gravações envolvendo gente com foro privilegiado.
O novelo de lã da Sinal Fechado começa a se desenrolar. As pressões para que novas informações cheguem a público sobre esse caso certamente estão sendo grandes. A gatunagem aos cofres públicos montado a partir de um “serviço” de inspeção veicular que iria ser oferecido ao governo do Rio Grande do Norte, ainda bem, foi contida a tempo pelo Ministério Público que investigou durante nove meses a quadrilha.
É aguardado a revelação dessas gravações – algumas já vieram à publico – envolvendo personalidades com foro privilegiado. A sociedade precisa e tem o direito de saber quem estava por trás, além dos já citados – alguns presos – dessa falcatrua que iria mexer com o dinheiro do contribuinte.
Parece que não só políticos e empresários foram pilhados no esquema fraudulento montado a partir do Detran/RN, quando pretendia-se desviar dinheiro destinado à inspeção veicular. Estimou-se em R$ 35 milhões o tamanho do ralo. Num esquema desse quando estoura o escândalo a corda acaba sempre quebrando do lado mais fraco, mas ao que parece os meninos do Ministério Público estão mesmo dispostos a irem mais longe. A conferir!

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