domingo, 30 de outubro de 2011

Fisgados pela boca e pelo bolso

KEILA CÂNDIDO E LUCIANA VICÁRIA


PÁGINAS DE PACIÊNCIA
O ator Geraldo Costa Neto com seus livros. Quando deixou de ser obeso, ele começou a ter problemas para controlar os gastos. Hoje, lê para conter os impulsos (Foto: Filipe Redondo/ÉPOCA)
Imagine que você tenha ganhado um prêmio de R$ 1.000 e possa resgatar esse dinheiro imediatamente ou esperar. Se conseguir conter o ímpeto de embolsar já os R$ 1.000, receberá uma recompensa. Quanto mais esperar, maior ficará o prêmio. O que você faria? Com esse tipo de pergunta, pesquisadores americanos descobriram que as pessoas mais apressadas em pegar o dinheiro também sofrem mais de excesso de peso. Para o leigo, essas duas características podem parecer desconectadas. Mas a conclusão soa bem razoável para os economistas e os especialistas em comportamento financeiro que vêm estudando o porquê, tão frequentemente, de tomarmos decisões que parecem irracionais. Comer demais, mesmo quando o excesso de peso já incomoda, assim como gastar mais que o razoável, e fazer dívidas em vez de poupança, pertencem a esse grupo de decisões difíceis de explicar.


O novo estudo revela que ambas as decisões são minadas por um mesmo tipo de dificuldade ou incapacidade: imaginar o futuro e os benefícios maiores do que se pode ter, lá na frente, como resultado do autocontrole praticado hoje. A conclusão dos pesquisadores serve de alerta – quem sofre com um desses problemas deve ser especialmente cuidadoso com o outro – e oferece novas perspectivas para quem quer se livrar de um deles ou dos dois.
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2011/10/fisgados-pela-boca-e-pelo-bolso.html

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